PROMOVA O QUE TE ENCANTA

Um  dos momentos mais difíceis na criação do meu filho, até agora, foi ter de dizer para ele que o mal existe. Ele está com 5 anos e já frequenta a escolinha. Tive de alertá-lo para não aceitar coisas de estranhos, não permitir que pessoas, mesmo as conhecidas, toquem em partes do corpo dele que o traga algum desconforto. Ele estava com a mania de dar o nosso endereço para todos que encontrava e eu tive de usar a estória da Chapeuzinho Vermelho para fazê-lo entender que existem alguns lobos disfarçados de vovó por aí. E eu fiz isso tudo com uma das maiores dores que um coração pode carregar. Porque eu não queria que tivesse que ser assim. Eu não queria que nossas crianças crescessem com medo de outro ser humano. Mas esses são fatos e temos de ensiná-las a se defender porque não tem como estarmos ao lado delas o tempo todo.

Infelizmente, o mal está muito mais presente nas nossas vidas do que o bem. Eu deixei de assistir televisão, os telejornais em especial, porque 90% do que é mostrado é ruim: roubos, assassinatos, estupros, brigas. Violência de todos os tipos contra o meio ambiente, pessoas e animais. Eu sei que o fato de evitar entrar em contato com essas notícias não vai fazer com que elas deixem de existir. Mas sei também que entrar em contato com isso, além de me fazer mal, também não vai surtir efeito para que elas deixem de ser uma realidade. Por isso escolhi promover o bem!

Eu acredito que se todos começarem a focar em coisas boas o que é ruim vai perdendo a força. Não se trata de mágica ou positivismo: é lógica! Se você vê que existe um monte de gente boa fazendo boas ações e que o bem existe, sua esperança se renova e você fica mais corajoso para fazer com que o bem prevaleça. Olha quantas instituições com ou sem fins lucrativos têm atuado positivamente na promoção de bem estar. O que seria dos milhares de pais e mães cujos filhos sofrem de Síndrome de Dawn, não fossem as Pestalozes e Apaes espalhadas pelo Brasil? E aqueles pequenos projetos, de pequenas cidades, que promovem o bem estar físico de crianças e idosos, através da prática de esportes e trabalhos manuais? E as empresas que têm a real preocupação com o futuro da nossa espécie e investem em estudos para tonar a produção cada vez mais sustentável e menos agressiva ao meio ambiente? E existem também os exemplos individuais. Olha quantas pessoas tiram um tempo em suas vidas para passar conhecimento gratuito para todos. Hoje é possível aprender qualquer coisa com os tutorias que voluntários postam em canais na Internet. Eu mesma já me beneficiei inúmeras vezes desse conhecimento: aprendi Corel Draw, crochê, estou aprendendo francês, Sketchup, autoCAD. Tudo porque alguém, do bem, se dispôs a colocar esses conteúdos online.

E não para por aí. Existem as ações diárias de gentileza e solidariedade feitas por você, por mim e por outras pessoas que nem conhecemos: o sorriso ao cumprimentar alguém, ajudar uma pessoa a carregar sacolas ou a atravessar a rua, ceder o celular para alguém fazer uma ligação de emergência, parar o que estiver fazendo para  atender a um pedido de socorro, doar roupas, comida, etc. para bazares e pessoas necessitadas. Alguma coisa dentro de mim me diz que todo o ser humano é capaz de praticar o bem e que se a gente focar nisso o mundo vai perceber que ser bom é mais gostoso do que ser mau. E, baseada em todos esses exemplos que citei, eu carregarei essa certeza e promoverei tudo que me encanta porque já passou da hora de re-invertermos os valores para o que realmente vai nos levar ao que poderá ser, um dia, chamada de CIVILIZAÇÃO.

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