A sua eu não sei, mas a minha é uma montanha russa na qual eu vivo no meu mundinho de pernas para o ar. Quem olha de fora não percebe o turbilhão de emoções que tá rolando em segundo plano. Dúvidas, frustrações, umas pitadinhas mínimas de alegria. Parece até que o universo tá me sacaneando só pra ver eu desmoronar a cada decepção. Mas eu sigo firme, mas não tão forte. Seguro-me no que tem de bom. Pergunto-me se a vida de todo mundo é assim. Às vezes tenho certeza que é, outras vezes acho que sou só eu mesmo. Como saber se todo mundo parece viver uma vida dupla, né?
Até pra escrever é um saco. Acho que fico repetitiva e eu sempre detestei repetição. Mas para ser diferente eu teria de fazer como Ariano Suassuna: inventar histórias, já que nunca as viveu. Até invento. Gosto de devaniar e pensar em situações inusitadas. Escrever é uma forma de viver também.
Teve uma vez que eu estava muito mal, pensando que a vida não valia a pena e daí eu vi essa charge:
E sabe, essa tirinha fez toda a diferença pra mim naquele dia. Talvez a vida seja isso: experimentação. “Sentido” neste caso seria de “sentir” mesmo. Resta saber até que ponto podemos realmente escolher as experiências que vamos viver. Pelo andar da minha carruagem eu já não tenho tanta certeza assim de que temos algum controle sobre isso.
E agora eu poderia pegar o gancho e perguntar para você o que você acha e pedir para você escrever sua opinião nos comentários. Não vou fazer isso. Nem sei se algum dia esse texto será lido. Não importa. A vida é quem decide.