Eu sofro de saudade do que não vivi

Eu sofro de saudades do que não vivi.

Louco isso, né?

A gente tem essa capacidade de sentir falta do que nunca teve. Tão imensa é a nossa imaginação e capacidade de sentir.

Saudade é uma vontade boba, como todas as vontades. É boba, sim! Afinal nem tudo é possível realizar por inúmeras razões: financeiras, sentimentais, comportamentais, sociais – todas as alternativas acima.

E eu tenho essa saudade de ter tido uma família tradicional no estilo margarina. Tenho saudade dos amores que vivi só em fantasias. Tenho saudade das poesias que esqueci de registrar e das conversas que não tive ao luar na beira do mar.

Tenho saudade dos meus seios que não cresceram e das bocas que não beijei. Tenho saudade dos lugares que nunca fui.

Também tenho saudades das conversas que nunca mais vou ter com as pessoas que nunca mais vou ver… porque faleceram sem ter me ouvido dizer tudo que tenho saudade de ter dito.

São tantas as saudades que tenho. Difícil até enumerar!

Tenho saudade de jogos, de músicas, de programas de TV, de cds, de fitas, de filmes, de amigos, de bichos, de você.

A saudade é infinita. Tem vezes que aperta, tem vezes que fica.


Em homenagem a minha avó, minha grande e real saudade, deixo esse clipe de uma música que posso ouvi-la cantando. Ela era bem musical. Uma grande pessoa.


Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *